Empreendedores, avante!

Empreendedores, avante!


O ano de 2021 segue com as mesmas perspectivas de 2020 e tudo indica que apontará um 2022 ainda de ajustes.  Não entenda como negativismo, todavia a tendência é olharmos qualquer horizonte com ressalvas, mesmo aqueles que pareçam mais iluminados e promissores.

 

 

Afinal, é importante que saibamos ler o mercado não só local, mas mais abrangente. Muitas vezes o mercado nacional indica algumas tendências que podem ser diferentes das que vivemos, por uma questão de comércio local mesmo ou utilizando um termo mais técnico – por questões de localismo. Entretanto, vale a pena não perder de vista os fatos nacionais e até internacionais a depender do seu ramo, já que micros economias recebem o reflexo do todo (em algum momento isso acontece).

 

 

Outra coisa interessante a ser pensada por quem trabalha com produtos, independente do que seja, é o estoque. Se você precisa aumentar ou quem sabe fazer um bota fora de mercadoria, você só vai saber se tiver controles, não caia nessa de olhar por alto, achismo não está ou não deveria estar nas competências de um empreendedor. Por exemplo, no final de ano faltou mercadoria para trabalhar de maneira mais folgada com o cliente e até mesmo oferecer grandes variedades. Ouvi isso de vários amigos empresários e nós mesmos vivenciamos esse desafio.

 

 

Vi muitas pessoas se arrependerem de terem feito promoções no Black Friday de produtos que poderiam ter sido vendidos a um preço equilibrado no natal. Porque sim, alguns ramos ficaram sem matéria-prima, o que ainda é uma realidade para muitos. E sim, nós escolhemos aqueles produtos que não impactariam na nossa venda do natal e que possibilitariam bons negócios ao cliente e a nós mesmos. Mas aí é que está, fica perceptível como somos influenciados por movimentos maiores e esquecemo-nos de olhar como anda o quadrado em que habitamos.

 

 

Aí me perguntam: _Não era para entrar no black? Afinal, existe uma propaganda mundial, um fluxo orgânico de pessoas que saem nesse período com dinheiro no bolso para comprar, não devo aproveitar esse consumidor? Deve, se estiver com tudo sob controle. Se entender dentro do seu estoque o que pode dar desconto ou não, se sua mercadoria está paga, se você não vai trabalhar de graça.

 

 

Ora, se eu compro de um fornecedor para pagar de X vezes e não paguei nem 30% do que devo, como simplesmente decidir queimar aquele produto apenas para não deixar de seguir o fluxo? São esses questionamentos que nos livram de frias impostas pelo mercado.

 

 

Não estou dizendo que “O” Black Friday é uma fria. Entretanto, levo em consideração que ele surgiu na América do Norte como um grande evento que antecede o dia de ações de graças e abre a temporada de compras para o natal e se trata apenas de um dia exclusivo. Não tem pré Blackfriday, pró e nem ressaca de black, os comerciantes estadounidenses em alguns estados nem pagam impostos, e a tributação varia de estado para estado, você sabia?

 

 

No Brasil aderimos ao movimento em 2010, tudo começou no digital, e claro que pagamos imposto total no dia ou dias de promoção e, como se não bastasse, ainda vendemos com megas descontos, ou seja... faça as contas, você sai ganhando? Eu faço conta, não dá para agregar valor para meu consumidor se não ganho dinheiro para reinvestir no negócio.

 

 

Os nossos negócios oferecem sim produtos em black Friday, o qual decidimos há dois anos manter na sexta, porém, relatórios na mão, pesquisa e enquetes com clientes para acertar na promoção sem perder de vista a lucratividade que não significa apenas retorno financeiro em larga escala, mas “a diferença entre preço de aquisição ou de custo, aumentado das despesas – necessárias -  para operar a venda”(Fonte: Dicionário Internet).

 

 

“Os produtos que costumam ser mais procurados por consumidores na Black Friday são também os que possuem as maiores fatias de impostos embutidas em seu valor, segundo levantamento do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação). Os impostos podem chegar a 72% no preço final, de acordo com a entidade. De acordo com o instituto, os itens mais buscados nesta data são os eletrônicos e eletrodomésticos, produtos em que a carga tributária é mais pesada” (Fonte: www.contábeis.com.br).

 

 

Muitas vezes o mercado se corrompe porque o empreendedor corre tanto pra pagar as contas e matar um leão por dia, que se esquece de olhar para o negócio com mais carinho, ele esquece que precisa de tempo de qualidade com seus números, para analisar possibilidades, pensar em projetos, parcerias, observar seus colaboradores, gerar promoções que não sejam apenas para dar descontos e sim agregar valor.

 

 

Uma grande maioria não valoriza os indicadores. Dão descontos demais, precificam sem observar seus gastos reais, inclusive, seu percentual de tributação.

 

 

Quem trabalha com prestação de serviço, muitas vezes faz a mesma coisa. Esquece-se de precificar seu tempo corretamente de acordo com os investimentos realizados. Sejam estudos, materiais que utiliza, aluguel, parcelamentos que foram realizados em prol do negócio, o seu contas a pagar. Pensa apenas em fechar um preço menor e não perder o cliente, errado de tudo não está, mas, precisa melhorar muito a visão de empreendedor, de valorização de serviço, contabilização de indicadores, o quão evoluído está sua carteira de clientes.

 

 

Porque talvez não compense ter dez clientes pagando abaixo do valor de mercado, se você pode ter cinco bons clientes pagando um preço justo que não corrompa seu tipo de comércio e agregue valor para que possa se expandir.

 

 

Muitas vezes, achamos que o nosso negócio sendo de todo saudável caminha sozinho num mercado bagunçado, mas não é bem assim, preciso dos meus vizinhos lojistas e preciso deles felizes e fortes, prontos assim como eu para enfrentar as mazelas do nosso meio.

 

 

Comércio é um desafio e tanto, quando se entende o mecanismo você fica cada vez mais competitivo porque a engrenagem que acelera e desacelera seu negócio fica mais visível. E você cada vez mais preparado e menos ansioso com os movimentos econômicos. Se você não entendeu nada do que eu falei, busque colaboração porque a língua empreendedora não perdoa com seus jargões. E faço votos para que sua dedicação não seja em vão.

 

 

Empreendedor, avante! Valorize seus números, crie estratégias, teste possibilidades, esteja aberto a aprender e a lidar com todas as informações desses novos tempos, filtre o útil e desfoque do inútil. Busque ser capaz de lidar com os fracassos, ruminar e digerir o que não deu certo e faça dar certo com mais consciência.

 

 

Na minha humilde visão, o verdadeiro empreendedor vive o presente de maneira realista, mas também pensando lá na frente, maquinando planos B e C de contenção de crises, se decide arriscar é necessário se preocupar em guardar uma reserva, porque talvez o que parecia certo se desalinhe das perspectivas que foram criadas. Pode acontecer? Claro! Por isso, é importante estruturar os passos, cumprir um planejamento que se custeie e que possibilite colher frutos. E, principalmente, manter o bom ânimo, alimentar a paciência até que chegue a tão sonhada colheita.

 

 

No último artigo falamos sobre autoconhecimento, não leu, não ouviu? Estamos no Spotify e também nas redes, acesse blog.crisjoias.com.br. Todos os temas possuem relação entre si, porque eles surgem de contextos vivenciados na prática. Espero de coração que algum lhe sirva em determinado momento e que seja luz pra você.

 

 

Referências Bibliográficas:

www.contabeis.com.br/noticias/

Ariane Galdino, jornalista, escritora, empreendedora e curadora do blog. - 01/03/2021

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