Entrei na faculdade após um grande incentivo do “chefe” da empresa na qual trabalhei por anos. Era um sonho adormecido e que não me chamava mais tanta atenção, já que o tempo dedicado ao trabalho ocupava grande espaço na minha vida.

Quando a oportunidade aconteceu, tive medo de não dar conta, de não saber o suficiente, de não agradar a maioria. Na verdade, tive muita resistência para me encaixar pela timidez que foi junto comigo naquela época, mas venci e comecei a estudar. A administração me encantou e nos quatro anos de academia  agarrei-me à oportunidade de quebrar paradigmas e poder construir um futuro diferente se eu quisesse. Das disciplinas que estudei, o marketing foi aquela que mais me trouxe entusiasmo, acho que porque ele fazia parte da minha atividade de trabalho. 
 

Como trabalhava com vendas, a arte de encantar o cliente e vender muito eram os princípios inseparáveis do dia a dia da empresa. 
 

Em 2011, para concluir o curso, chegou a hora de fazer o trabalho de conclusão e meu TCC deu certo! Toda aquela agonia e desespero acadêmico de construir uma ideia com uma defesa praticamente impecável seria meu carimbo de “aprovada” após os anos passados na faculdade.. Pra resumir o tema do TCC, naquela época, a internet já era uma ferramenta importante para as empresas e o marketing se aperfeiçoava para atender a um tipo de cliente que teria um certo poder muito temido pelas empresas: a informação.

Ela seria uma arma contra o que já acontecia há décadas no comércio como um todo. Quem detinha o melhor argumento vendia mais e ganhava mais dinheiro. Com a informação nas mãos, o consumidor teria muito mais objeções e também opções de  escolher onde comprar e como barganhar mais.
 

Como fiquei apaixonada pela disciplina de Marketing e como gostava de “navegar na net”, percebi que no facebook algumas poucas marcas já apareciam na tela inicial apresentando produtos aos internautas e vi ali uma luz especial. 
 

As redes sociais não eram tão famosas como hoje e então pensei em que pé aquele tipo de propaganda estaria dez anos para frente. Junto a minha parceira para o TCC, Marta Danielle,  contruímos o tema Marketing Digital nas Redes Sociais e dali pra frente foram noites e finais de semana de pesquisa e construção de argumentos que fundamentassem nossa defesa. Conseguimos! O orientador nos elogiou e disse que veríamos aquela ideia defendida explodindo com o passar dos anos... e não deu outra! Conclui o curso, continuei no comércio por mais alguns anos e em 2019, sem nunca me apartar daquele tema tão especial, entrei de cabeça no Marketing Digital e comecei a desenvolver um trabalho de gestão e produção de conteúdo para redes sociais.

Os desafios foram inúmeros, principalmente quando você deixa um emprego CLT que traz aquela velha segurança trabalhista para desbravar a selva do empreendedorismo. Ser empreendedor é trabalhar quando o mundo dorme, não ter hora para começar ou terminar as rotinas necessárias e esforçar-se além do natural para trazer os clientes que farão seu negócio ou marca tomarem forma e seguirem o curso desejado do sucesso.

Depois de quase três anos nesse novo “job”, tenho imensa satisfação em desempenhar meu trabalho, produzir material de qualidade e atender cada cliente como se fosse o único, e a melhor parte é que muitos desses clientes viram amigos e você passa a ser conhecido aos poucos pela indicação deles. Isso é muito bacana e me move para melhorias contínuas. Hoje trabalho em casa, perto da família e com liberdade de tempo e lugar. Meus maiores colaboradores são um smartphone ou computador e uma boa internet. De companhia vem a boa vontade e empolgação em cada trabalho a ser entregue e os resultados que vão muito além do ganho financeiro.

Hoje, tenho a plena certeza de que quando você faz o que ama,  não é um trabalho árduo mas diversão séria gerando renda.
 

Se você tem um sonho, tire-o da gaveta.

Mesmo que não saiba direito como fazer, aprenda no caminho, afinal o feito é melhor do que o não feito e se você não o fizer nunca saberá se teria dado certo. Bora ser feliz trabalhando!