Fortaleça sua inteligência e abra o coração para a tomada de decisão

Fortaleça sua inteligência e abra o coração para a tomada de decisão


Quantas vezes você já se encontrou em situações que o remeteram à sensação de estar num buraco sem luz, com medo e sem ação? Acomodado com suas perspectivas porque fazer o contrário seria mais cansativo e difícil? Recordo de me sentir assim várias vezes. Aprendi até aqui com a busca pelo conhecimento de modo geral, maneiras de lidar com esses aspectos e libertar meu coração. E que bom que tenho encontrado outras pessoas com esse mesmo sentimento pelos caminhos e suas escolhas.

             

 

Quando iniciei a escrita desse texto, a primeira coisa que veio como referência foi o Mito da Caverna, que é metaforicamente utilizado em “A República” de Platão. Resumindo, se é que possível, o Mito da Caverna foi inspirado na morte de Sócrates, de quem Platão era discípulo. Sócrates foi morto pela população de Atenas porque tinha conhecimento de verdades que colocariam todo padrão social instaurado até ali em cheque. Nesse processo, Sócrates foi julgado e tomou cicuta, veneno utilizado para execuções da época. Ele queria desarranjar a ordem, por isso padeceu.

 

 

A história conta que haviam prisioneiros amarrados a parede da caverna e a única coisa que viam além daquele espaço eram as sombras geradas pela luminosidade de uma fogueira. E esse era o único conhecimento de mundo que tinham, era a partir de sombras e ecos de vozes que eles idealizavam o que havia fora da escuridão daquele lugar.

 

 

Acontece que em determinado momento um prisioneiro é liberto, ao sair da caverna ele se depara com uma luz que ofusca seus olhos, mas que aos poucos vai se acostumando e entende que aquelas sombras não refletiam nada mais do que estátuas, nem eram pessoas. Como construir conhecimento de mundo diante de falsas visões, não é mesmo? Até aqui então, temos uma caverna que seria o mundo de seus habitantes aprisionados nas paredes, que por sua vez simbolizam os padrões, preconceitos e as falsas concepções de verdades, sendo o senso comum a maior segurança de quem ali estava.

 

 

Enfim, esse prisioneiro tinha duas escolhas, a de viver aquelas novas coisas que descobrira, as verdades que acabara de conhecer naquela aventura longe de seus pares ou compartilhar com todos da caverna tudo que havia descoberto. Sendo assim, o prisioneiro escolhe voltar e contar a todos sobre o que vira fora, fala das sombras e das falsas impressões. Ele se oferece para soltá-los, para que vejam com os próprios olhos que o mundo era bem diferente do que haviam construído em suas mentes. Infelizmente, pasme, os prisioneiros escolhem ficar ali no conforto de seus achismos.

 

 

Esse texto de Platão remete inicialmente a questões políticas, de que os governantes devem conhecer a verdade e expandir tal consciência à sociedade já que possuem poder para isso. Entretanto, sua lógica pode ser contextualizada para falar de vários outros aspectos da vida humana. E aqui o utilizo para ilustrar a maneira como muitas vezes deixamos de evoluir por medo, conformismo ou consenso.

 

 

Para Sócrates: “Voltando-se para o seu interior o homem chega a sabedoria”.  E que sim, vale a pena enfrentar medos, dúvidas, angústias, incômodos, fraquezas, desafios, buscar o conhecimento que não seja só o suficiente para o consolo, mas que nos leve a encarar a verdade que muitas vezes se mostra como perturbadora, porque esse é o caminho para nos afastarmos da falsidade dos sentidos.

 

 

Se a escolha parecer confortável demais é óbvio que não há sofrimento, pode nem apresentar riscos, as consequências parecem aceitáveis e provavelmente se tratam de situações que já são conhecidas ou vivenciadas. Mas, muitas vezes o que entendemos ser a melhor via se encontra do outro lado, apresenta desconfortos, é mais distante, traz o desconhecido e variáveis com as quais não estamos acostumados. Particularmente, entro em estado de neurose, penso, repenso, tripenso, busco opiniões relevantes, estudo o máximo que puder e tento ser rápida dependendo do caso.

 

 

Como disse - o que entendemos ser a melhor via – ou seja, já sabemos que o que parece ser a melhor escolha é o que vai exigir mais de nós. E muitas vezes nos fechamos porque gera muita fadiga mudar. Dependendo, dá preguiça mesmo, nos prendemos ao passado, empurramos com a barriga e a coisa vai se estendendo ou se arrastando. Aí um dia, se isso acontece, quando olhamos pra trás observamos que o medo de fracassar nos impediu de testar outras possibilidades.

 

 

Como não vislumbramos totalmente as consequências de determinada escolha, apenas calculamos riscos, a verdade é que a única coisa que sabemos quando optamos por algo é que deixamos outras possibilidades para trás, ou seja, a única certeza que temos é do que abrimos mão. E isso paralisa mesmo, sentimo-nos acuados, buscando prever o que acontecerá. E muitas vezes criamos obstáculos que passam a existir simplesmente por acreditarmos neles.

 

 

Então diante de tudo isso, penso que a maneira mais segura de arriscar é a busca pelo conhecimento, é abrir o coração para aquilo que não entendemos. Não estou me afastando totalmente da lógica, mas é necessário ser emoção e sentir cada processo de escolha. “Quando pensamos, fazêmo-lo com o fim de julgar ou chegar a uma conclusão; quando sentimos, é para atribuir um valor pessoal a qualquer coisa que fazemos” Carl Jung. O psiquiatra suíço também nos diz que ao olhar para fora sonhamos e que ao olharmos para dentro, acordamos. A lição aqui seria dar mais atenção aos valores que almejamos e admiramos, busca-los, treinar autoconhecimento, nos conhecermos ao máximo e nos respeitarmos.

 

 

No frigir dos ovos, ao duvidarmos de nossas escolhas precisamos acreditar que as certezas surgirão da resolução delas mesmas, então o que é possível fazer? O que nos impede de arcar com o processo, de viver e sentir a experiência de algo que escolhemos até que se cumpra um determinado resultado, se não o medo de errar? E essa insegurança pode ser sanada.

 

 

Então, quero propor uma mudança de chave. Que tal ressignificar esse medo do erro pela fé no teste? Pela consciência de que se está experimentando algo, de preferência, com base em conhecimentos, habilidades e talentos que se pode desenvolver ou que já possua? Se o caldo entornar e se estiver atento vai observar o que pode melhorar, provavelmente não cometerá o erro duas vezes e sua autoestima e coragem fortalecerão seu poder de decisão, o que diminuirá essa sensação de temor.

 

 

Não considerar o processo e como as coisas acontecem, o que levou a situações boas ou ruins, negligenciar o sentimento envolvido em cada erro e acerto é fechar os olhos para a evolução do espírito. Aprendi que essas coisas me fazem evoluir. E descobri que ressignificar o comportamento de se sentir fracassada por ter errado pelo sentimento de ter tentado e não ter conseguido afasta o receio, a estagnação, o senso comum, a falta de conhecimento e de reflexão.

 

 

Não estou dizendo: vai lá, fecha os olhos e se joga! Pelo contrário, sempre motivo a busca pelo conhecimento de modo geral, quanto mais desvendamos o desconhecido mais nos sentimos seguros de nossas escolhas.

 

 

Estou relatando que existem distintos modos de encarar os fatos, lidar com o fracasso assim como com o próprio sucesso.

 

 

Precisa decidir algo ou optar por uma escolha? Faça uma lista de todas elas, elenque soluções pequenas e grandes, pense o que de pior poderia acontecer se desse tudo errado. Estou falando aqui de pensar de maneira completa, o que não significa que tenha que haver complexidade, e juntamente a isso, respirar e projetar o que fará de você uma pessoa mais feliz.

 

 

Por isso, a dica é se abra, deixe o conhecimento entrar, não só se conheça como busque em diversas áreas o grau de aprendizado necessário para que o seu medo seja reduzido a um simples: Ops, testei e preciso melhorar! A coisa nunca é romântica assim, mas o que é certo é que se você precisa fazer uma escolha não a convencione apenas a padrões sociais ou ao que esperam da sua pessoa, mas sim o que será de maior valor para você.

 

 

Sim, algumas coisas devemos aguardar para ver, mas outras dependem simplesmente da nossa ação e essa por sua vez, em algumas situações não parece acompanhar a lógica dos resultados, mas o feeling, que diz respeito a percepção e ao sentimento intuitivo. Abra seu coração!

 

 

Qual é o nível de energia que temos colocado nos nossos projetos e objetivos? O quanto racionalizamos tudo e tornamos as coisas realizáveis apenas com base no que é material, no resultado, em números? Seguimos modinhas, padrões sem ao menos questionar. Lemos notícias falsas e só porque aquilo consola acreditamos e ainda passamos para frente. Sócrates dizia, citação que está no início do texto, que quando o homem olha pra dentro ele alcança o conhecimento, e porque não alcançar também o reconhecimento?

 

 

Faço votos para que sejamos cada vez mais seguros do nosso feeling. Numa época como essa de muito conhecimento compartilhado e foco no ser humano devemos utilizar em nosso favor, aumentar a nossa autoestima e nos empoderarmos cada vez mais.

 

 

Acredite camarada, a emoção gerada pelo nosso querer faz parte do processo, e quando arriscamos o fazemos humanamente. Por mais cálculos que façamos, e sim, planejar e monitorar é importante, mas diante de uma procura cética por previsões e projeções sempre positivas, a única certeza que temos ao escolher um caminho é que deixamos outros possíveis caminhos para traz e tudo que diz respeito a eles.

 

 

Enquadrar-se o tempo todo, seguir a maré, ver aonde vai dar, aceitar os boicotes de uma mente insegura é o que nos impede de avançar. Bora acordar nosso eu? Bora testar? Bora trabalhar a autoestima e segurança para evoluirmos nas nossas decisões? Ser mais autoresponsáveis não só pelo que nos acontece, mas também pelo que deixa de nos acontecer por falta de atitude? Só depende nós mesmos. O mundo não deveria nos mudar, nós que deveríamos mudar o mundo. Que possamos sair das nossas cavernas!

 

Os próximos artigos serão de gentis colaboradores, ou melhor, colaboradoras que tiveram que optar, escolher ou que ainda estão nesse processo de tomada de decisão. Experiências que valerão a pena conhecer. Tomara que sejam luz para todos nós.

 

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Fique ligado nas próximas semanas, conteúdo colaborativo, experiências massas que serão compartilhadas com carinho para nós.

Ariane Galdino - jornalista, empresária e curadora do blog.crisjoias.com.br - 12/07/2021

Comentários


Laura Moreno

Texto maravilhoso... Encorajador!

12/07/2021 15:07

Crisjoias

Que bom que gostou Laura! Compartilhe para que encoraje outros. Obrigada pelo comentário.

12/07/2021 20:46

Maurício

Parabéns Ariane belo texto!
Precisamos tomar nossas decisões com conhecimento, energia e foco.

12/07/2021 20:42

Crisjoias

Obrigada Maurício pelo carinho de comentar nosso texto. Acompanhe porque teremos histórias de pessoas que estiveram aí nesse contexto.

12/07/2021 20:47

Dayane Santos

Parabéns pelo texto!
Grande incentivo à todos!
A insegurança e o medo do novo são os piores inimigos.

13/07/2021 00:37

Crisjoias

Obrigada Dayane pela sua contribuição e carinho. Continue nos acompanhando!

14/07/2021 20:12

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