Pessoas podem formar ou deformar uma empresa

Pessoas podem formar ou deformar uma empresa


Para finalizar os textos desse ano de 2020, quero colaborar e deixar uma mensagem de reflexão para o restinho deste e também para emanar boas perspectivas para 2021. É algo que me intrigou, tirou o sono, causou angústia durante muitos dias nesse ano com relação ao mundo de temas a serem deglutidos sobre como continuar a empreender, e isso ocorreu desde o início da pandemia. Pensar no que fazer para continuar gerindo pessoas com interesse em trabalhar, em se envolver com a situação de maneira em geral pela qual as empresas vêm passando, em continuar a desenvolver talentos e a manter a chama da paixão pelo emprego acesa transbordou em muita ansiedade.

 

Meu parceiro e eu buscamos a melhor comunicação, a mais transparente e clara, tivemos que ser também estratégicos na maneira como manter a equipe alerta ao andar da carruagem, mesmo quando a maioria estava com contrato suspenso. Então, tivemos que trabalhar muito o vínculo com os colaboradores, o respeito em comunicar decisões, a empatia pela situação que cada um também passava, as incertezas, a angústia de quem foi demitido e por aí vai.

 

Enfim, um tempo difícil de lidar não só com as demandas de responsabilidade empresarial relativas a burocracia do dia a dia, como também a tudo o que envolvia e envolve recursos humanos.

 

E no meio desse caminho e ainda hoje, reflito sobre como as pessoas tem o poder de formarem ou deformarem uma empresa. Penso que existe um papel primordial do líder em compreender o corpo de sua equipe em sua totalidade sem que lhe escape os detalhes. Para nós foi necessário sim categorizar as mentes com as quais trabalhamos, as forças de cada um, além de analisar as falhas, o que descontruir e reconstruir na maneira de cada colaborador absorver o ambiente empresarial com base nos valores da empresa.

 

Isso é um trabalho contínuo, não só deve ser realizado como boas vindas ao novo colaborador, mas rememorado durante todo o tempo em que este estiver empenhando forças no nosso negócio. Pessoas podem formar uma empresa forte, sólida com legado, para isso precisam ser bem treinadas, acolhidas e estas, por sua vez, devem prestar respeito, demonstrar comprometimento e força de vontade em manter o ritmo que se fizer necessário.

 

As pessoas que deformam empresas, geralmente, são as que se utilizam de um vínculo CLT para obter seu salário sem nenhum ganho a mais de reconhecimento. Para simplesmente contar tempo para a tão sonhada aposentadoria. Pessoas que deformam são aquelas que não possuem empatia, que não valorizam a estrutura que as acolheu, que contamina a equipe com maus conselhos ou atitudes medíocres. Pessoas assim estão sempre desinteressadas, não se mostram disponíveis e, dificilmente, possuem metas em médio prazo.

 

Os líderes também podem corromper o corpo de funcionários, desengajá-los ao invés de torná-los uma equipe motivada. Esse líder pode ser um gerente ou supervisor e sim, pode ser o mais interessado no sucesso do negócio, o próprio dono. Um proprietário deve se preocupar com a qualidade de vida de seus colaboradores, manter um canal de comunicação de mão dupla, se disponibilizar para feedbacks construtivos no intuito de conhecer cada um para fazer o que falei anteriormente, categorizar sua equipe e aproveitar o potencial de cada um bem como sanar as dificuldades.

 

O dono do negócio que passa a deformar sua empresa, geralmente, está desmotivado por motivos pessoais ou que envolvam o negócio, perdeu feeling e não se vê mais determinado a produzir. Este, por sua vez, culpa o mercado, os colaboradores, a economia, o cachorro da vizinha e esquece de olhar para o próprio umbigo e ações no intuito de recobrar as forças. De que forças estou falando? Da força de vontade, da força de coragem, da força de enfrentamento dos desafios da vida, da força de antever um futuro que seja frutífero. Um líder que forma uma equipe é aquele que ensina hábitos e dá bons exemplos.

 

As empresas são feitas por pessoas, e essas definirão o caráter do negócio. E é esse ponto que guiará a visão de todos os envolvidos nesse radar: fornecedores, parceiros, colaboradores, líderes e, principalmente, clientes.

 

As tomadas de decisões de um negócio precisam levar em consideração o todo e a todos. A paixão pelo negócio sempre guiará os nossos passos para os melhores caminhos, porque pessoas felizes produzem tudo com mais amor e mais sucesso. Então pessoas apaixonadas e felizes formam uma empresa de caráter forte e bases sólidas. Pessoas sem objetivos, metas, descrentes de si, do próprio potencial deformam a maneira como um negócio pode ser guiado. Entretanto, a boa notícia é que pessoas desmotivadas podem voltar a se motivar, tornarem-se apaixonadas novamente a partir da vontade própria por novos ares e objetivos.

 

Pare aí, olhe ao redor, pense no seu trabalho, na sua empresa e reflita qual é o papel que vem desempenhando, atualmente? Ainda vivemos a espera de um período pós-pandemia, tempo esse que parece próximo e ao mesmo tempo por inúmeros motivos, bem longe. Nesse tempo de não conseguir desbravar com metas em longo prazo com tanta segurança é que precisamos avaliar o hoje, o que está próximo. O tempo mais próximo de nós, obviamente, é o presente, pensar o que se quer e estruturar decisões que possam lhe devolver a motivação ou aquecer o coração do outro para que o ânimo seja renovado se faz necessário no final de um ano que ainda não nos faz ver cenários mais apaziguadores para o ano que desponta.

 

Tudo gira em torno de nós mesmos, e nós giramos ao entorno de tantas coisas não é verdade? Esse artigo está relacionado apenas a uma das coisas, que é o caminho de uma carreira profissional. Existem tantas outras arestas a serem pensadas, a nossa vida traz muita demanda que carece de decisões e boa vontade.

 

Portanto, a respeito desse tema em específico lhe faço um convite, seja você empresário ou colaborador, que tal refletir sobre qual será o ritmo que atribuiremos às nossas vidas em 2021? O que passamos em 2020 até agora o fez ver coisas óbvias? Ou tem sido um tempo em que a venda nos olhos se faz mais confortável porque está doloroso demais ficar de olhos abertos?

 

E para qualquer uma dessas respostas tenho mais duas perguntas: qual pessoa você será em 2021, a que forma ou deforma empresas? E como fará para cumprir com esse desejo?

 

A provocação aqui existe para que questionemos não só o nosso papel enquanto respiramos nesse mundão de meu Deus, mas como nos comportamos ao desempenhá-lo. Pois é, já comecei a refletir por aqui e passo a bola para você a quem desejo um ano de 2021 abençoado.

Ariane Galdino, jornalista, escritora, empreendedora e curadora do blog. - 21/12/2020

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